No Porto de Sines há lodo, um lodo sujinho, sujinho, com cheiro nauseabundo a comissões.
Um tipo, que diz trabalhar para uma empresa estrangeira, anda a oferecer comissões a agentes de navegação para preferirem serviços dessa mesma entidade. E, generoso, oferece uma boa comissão a cada agente, em nome particular, pela preferência.
Já faz confusão ter o Porto de Sines a ser servido por uma qualquer empresa estrangeira, quando os políticos portugueses se fartam de dizer que temos de apostar na Economia do Mar, mas muitissimo grave e ilegítimo é que entrem no mercado para o poluir com estas sujas abordagens. Ou será que o tipo nem trabalha para a empresa? Ou trabalhando, saberá a empresa que anda a oferecer comissões?
E, com isto, como sempre acontece quando há comissões envolvidas, tramam-se os armadores que contratam os agentes de navegação, porque a escolha destes, que têm a função de arranjar aos armadores os serviços de que precisam no porto, pode não ter em conta a qualidade, mas a comissão que recebem (e que os armadores, sem saber, pagam!). Um problema que aliás é comum a vários outros sectores onde o lodo das comissões impera. Mas é um lodo sujinho que urge limpar!
Em causa está a credibilidade internacional do próprio Porto de Sines!
PS: Uma curiosa nota. O filme que inspira o título deste post é “Há Lodo no Cais”, mas o título original “Water on the Front” teve no Brasil uma tradução diferente, menos poética, mas bem ajustada… chamam-lhe “Sindicato de ladrões”…
Qual é a empresa?
Será que algum dia as entidades competentes irão olhar para estas situações?
Ou será que as entidades competentes sabendo destas situações conseguiriam fazer alguma coisa?
É triste ver que este “tipo de negocio” já chegou ao porto de sines…