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Jul
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BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ADVOGADOS CONTRA SENTENÇA QUE CONDENOU PACO BANDEIRA

A condenação de Paco Bandeira  a uma pena de três anos e quatro meses de pena suspensa por violência doméstica e detenção de arma proibida continua a gerar polémica. Recorde-se que o Tribunal de Oeiras decidiu que o cantor e compositor vai pagar três mil euros de indemnização à ex-companheira, Maria Roseta Ferreira, por violência doméstica e uma coima de 400 euros por posse de um revólver sem licença. Segundo a juíza “não restam dúvidas de que a assistente [Maria Roseta] foi vítima de violência doméstica”, sendo que “não ficou provado que o comportamento do arguido tivesse outro alvo senão o da sua companheira”.

Quem tem dúvidas sobre esta sentença é mais uma vez o patusco Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, que ainda hoje, segunda-feira, no programa da manhã da TVI, pôs em causa o acórdão judicial, sublinhando ser o mesmo «uma verdade dita pela juíza», dando a entender que estes casos mediáticos envolvendo figuras públicas são sempre de desconfiar. Marinho foi mais longe. Não acredita, contrariamente às conclusões da juíza – assentes nos testemunhos apresentados em tribunal, como o da psicóloga da escola da filha do casal e da própria menina, que corroborou, sem «contradições, omissões ou efabulações», os episódios relatados pela mãe – que alguém seja capaz de apontar uma arma à cabeça da mulher com a filha ao colo, relevando haver muitos casos de falsa violência doméstica.

Se a Justiça portuguesa já anda descredibilizada, Marinho e Pinto muito tem contribuído para tal com as suas tiradas patéticas, algumas em defesa de figurões mediáticos a contas com a mesma, como foi o caso de Carlos Cruz e, mais recentemente, Duarte Lima. No entanto, os media continuam a dar-lhe crédito por que o homem dá audiências com as sua fraseologia popularucha,não se importando que suas posições acentuem cada vez mais o descrédito que os cidadãos têm pela «dura lex, sed lex»…E no caso de Paco Bandeira lembremos que o mesmo já é reincidente neste tipo de situações, subsistindo muitas dúvidas sobre o «suicídio» da primeira mulher, Fernanda, ocorrido no segredo da sua casa em Sintra, num  quadro de grande tensão familiar em que a pistola do artista foi deixada ali à mão de semear na mesa de cabeceira do quarto do casal. Esperemos que aprenda a lição, pelo menos enquanto decorrer a pena suspensa de três anos de prisão.


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